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domingo, fevereiro 14, 2010

Quanto barulho

  1. Nas minhas andanças pela vida, notei que muitas vezes somos arrastados pela correnteza humana.N'alguns casos, demoramos um pouco para entender o que acontece em redor.Hoje mesmo fui confundida com outra pessoa.Além de, desmerecidamente, ter ouvido cobras e lagartos, ainda tive que provar que eu sou eu mesma.Fiquei indignada à princípio, mas não demorou muito para que eu sentisse pena daquelas pessoas, que com muito barulho e gestos tentavam, cada qual, atestar sua razão.Ao fim, quando cada coisa foi posta em seu lugar, recebi alguns tímidos e ressabiados pedidos de desculpa, o que me fez sentir mais pena ainda, daquela gente orgulhosa e desenfreiada que agia com tamanha precipitação.Que Deus tenha piedade dessa gente maluca, que age primeiro para depois pensar.Que primeiro morde e depois sopra.Que tenham um momento de reflexão e encontro com a paz.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Boemia


Hoje eu quero a companhia das flores

A suave beleza da lua a banhar-me a pele

E o encanto de um céu muito estrelado

Eu quero aliar-me ao silêncio

Andar descalço na areia

Embriagar-me numa agradável sensação de bem estar

Não quero falar

Não quero explicar

Somente sentir

Eu quero viver

Namorar o luar

Ficar encantada

Saudades eu tenho

De onde eu nasci

Paraíso distante

Gosto de ver a lua,

Que sempre nua,

Escurece a rua

Derrama seu encanto,

No coração de quem ama

No leito da terra,

Fabuloso espetáculo cor de prata

Bêbado fiel

Do malandro, do boêmio

Noite dos mistérios universais.


terça-feira, fevereiro 09, 2010

Pássaro homem "BEIJA-FLOR"


Ternos olhos

Em tempos de "seca de amor"

Leito mágico, turbulento

Esfera longíqua


Belos olhos, camaleão

Carregados pelo tempo

Belo "pássaro-homem"

Preciosidade exposta


Teu pseudônimo (beija-flor)

Amplos vôos de solidão

Alivia-se em meu âmago

Alento de um refugiado utópico


Imagem dígna dos céus

"Pássaro-homem", voador

És um bocado de minúcias

Fidalgo da imensidão


És tu, beija-flor...

Palavras inaudíveis

Olhar mudo, radar

Cura, ou, morte repentina


Poesia oculta nas flores

Elo da imaginação

De suas idas e vindas

Quero juntar-me a ti.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Naturalmente

Lutei contra fraquezas
Desafiei-te a jamais se conter
Atravessei noites para curar-te a amargura
Serei eternamente guerreira perante tua vontade
Vontade de pequenas minúcias
Em silêncio, lágrimas de lamento e dor
Gritas repulsivo, se em minha ausência
Ès carência de mim
Voltarás infinitas vezes, não tendo partido jamais
Teu ser é por mim, proteção
Teu coração, meu próprio coração
Nas asas da liberdade somos um
Representamos a mesma cena
De majestade a vilão, somos heróis
O que fazes é pela continuidade de nossa história
Não persigo-te
È lindamente visível o medo de nos perder
Viver-te em liberdade, brincar de equilibrista
Somos frutos da liberdade
Onde tudo segue na velocidade da luz
O vôo livre dos pássaros, percebe além do horizonte
Ébrio de contentamento estás
Travesso feito criança na chuva
Não chores nunca, existo em ti
Desvendar-te-ei os olhos
Ver-me-ás com sabedoria
Conhecer-me-ás, sou parte da natureza
Vida e verdade
Intensa e completa realidade
Podemos ser puros, eternos, felizes...
Tolos de tão sábios
Amáveis e indefesas criaturas
Porém livres
Belos seres familiarizados com a selva
Amo-te e necessito-te em liberdade constante
Junto a distância, à feição incrédula
A maturidade concedeu-nos o juízo
Aceite-me eternamente livre
Sou natureza, veja-me
És homem, percebo-te claramente
Desnudemo-nos ao som da vida
Com a esperança de um coração sonhador
O poeta não perderá a doçura das palavras
A canção tomará formas
Porque somos a profunda realização
No jardim do mundo, eloquência entre flores
E no bom senso do homem
Nascidos um para o outro.


domingo, fevereiro 07, 2010

Atores ou majestades

Eu compreendo-te
Asseguro-te a cura
Alegro e emociono-te
Penetro em teus poros, irreverente
Eis a missão do destino
Expor-nos aos olhos de todos
Tocar o sexo amendrontado
Provar o veneno da carne
Corpo quente
Adormecido no berço da dor
Sofrendo, fugindo, implorando
O silêncio, a clausura
De ti, a negritude do nada
Do belo, o grito de horror
Falsa emoção, mentirosa ilusão
Insistente solidão
Adorável plenitude, impossível
Anjo da sedução, incurável
Calculando as palavras
Interpretando a lógica
Corrompendo a verdade
Adormeço e amanheço solitária
Ninguém para conceder o perdão
Lágrimas e abandono
Gotas cristalinas em teu orgulho ferido
A liberdade é nociva
A cura é distante
A essência é a vida
Voçê, juventude eterna
Eu, maturidade definida
Nós, duas crianças perdidas
Atores ou majestades
Incrédulos ou falsos poetas.

sábado, fevereiro 06, 2010

Cupido


Nos delicados ouvidos de Maria, Lucas

Cante uma canção de fina melodia,

Refíra-se ao impolito despertar da aurora

E presencie, maravilhado

A fortaleza que te é apresentada

Não fique a orlar teu amor, pesaroso

Degustando o medo que te assola

Lucas, Lucas, estás ávido a rolar no leito solitário

Busque a moça que chora,

Debruçada sob a relva, a pensar em ti

Mal sabes da candura...


Desejos secretos no coração da donzela

Não faça indiferença à nudez de Maria

Oh!Não permita que o inseto desfrute, cavalheiro

Da limpidez do corpo virgem da senhorita

Naufrague em águas do amor

Nas orlas plácidas, deleite-se

Na loucura ajuizada de sua farta videira

Lucas, Lucas, não atire Maria às feras

Tão frágil criatura, morreria sedenta de ti

Nos braços famintos do possuidor.

Lucas, Lucas...


Soberana


Um oásis dentro de ti

Riqueza em teu coração

Um pássaro refletido em teus olhos

Liberdade em teu ser

Um mundo a teus pés

Objectividade em tua visão

Um grito em tua garganta

Carência em teus devaneios

Um sopro de leveza em tua face

Esperança em teu viver

Um carisma em teu contato

Força em tua fragilidade

Uma canção em teus lábios

Amor em teus gestos

Uma grandeza em tuas atitudes

Persistência em teu querer

Uma expectativa em tua mente

Equilíbrio em tuas palavras

Um homem em tua vida

Juízo em tuas ações

Um filho em teu ventre

Ternura em tu'alma.

Isto porque:-Sois mulher

Sois, de fato, a cura

Sois adorno, sois loucura

Sois o quadro da "moldura homem".


Surda realidade


Morte certa

Guerra em vida

Tal duelo interminável

Eu quero ser eterna

Que me perdoe a autoridade divina

Eu quero ver o ventre da lua

Que emana paz, tranquilidade

Nunca um ser comum, devorado em vida

Comemos tudo, até que um dia devoram-nos

Nada mais somos, senão um saco de ossos

Nenhuma fortuna impedirá a destruição da carne

Somos cobaias da experimentação

Seguidores ingênuos e tolos

Jamais entendemos os princípios

A vaidade é somente vaidade

Pelos valores, agredimos e matamos

O sentido é inerente à nódoa do mal

Mal de ser e não admitir

Nada precioso, somos mundanos demais

A sabedoria, o conhecimento, perderam-se

Esvaíram-se no espaço

Sacos de ossos perdidos num deserto mundano

Nenhuma importância à carne

Se jogada à podridão de seu destino

Incapazes de suportar a dor

Incapazes de recusar os valores

Somos atores de papel

Onde o palco é a vida

E o fim da peça é a morte inesperada.

Cobrança


Porque Brasil, não desafia teus filhos,

Deixando aflorar tuas maravilhas,

Trazendo à tona o grito preso na garganta?

Por que?


Por que, não te apoias em teu povo

Para vencer a ganância e

Fazer de ti justiça e verdade?

Por que, Brasil?


Por que, choras amargurado e

Não entendes tua juventude que,

Deseja erguer-te a bandeira?

Por que?


Por que não te preocupas com a infância, Mãe gentil?

Por que não valoriza o suor, Pátria amada?

Por que não te empenhas, Braço forte?

Por que escraviza teu povo, Terra independente?


És do povo e o povo te pertence

Por que não amar e conduzir quem te levanta?

Por que não valoriza o suor, Pátria amada?



sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Consciência


Hediondo aquele que rompe o véu imaculado

A fadiga mora nos olhos dos que vegetam, desprezáveis

O negror no sorriso sincero, aproxima a ignorância de se momento fatal

Cabeças expostas ao fogo do inferno e os gestos, as vontades, obscenidade...

Obliterado na prepotência, o amor deflora os fatos

Caminha para a absorção do império das pedras

Verme pestilento perlongando a dor e tornando fria a própria massa

A tempestade levará consigo o medo

E a terra será unicamente a vaga lembrança de uma existência.

Olhos perfeitos


Assim como a brisa a despertar a sensibilidade da pele

Assim como os pássaros a encantar os meus ouvidos

Posso ver a luz do sol a encorajar o novo dia

Posso sentir ternura nas lágrimas da criança

Vejo em sua perfeição um mundo confuso

Vejo amor nas palavras de um mundo esquecido

As pedras, são de fato, pedras

Mas a vida, somente um momento, uma fase.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Utopia


Se eu pudesse expressar a dor que agora sinto
Os pássaros cantariam em meu favor
Esse silêncio fúnebre jamais afastaria o meu sono
Dor que é tormento
Desinquietação que me veste
O corpo, a vida, o querer.

Alvo


Nas entrelinhas do absurdo
Olhar longevo, mudo e surdo
Homem fadiga, de mãos secas
Extremosa beleza indiferente

Olhos infantis sacrificados
Tempo esgotado de fé e feudos
Homem de pátria pobre
Livre na prisão

Beba jurema, burro de carga
Penalizado amanhecer do dia
Homem enfeitiçado, escravo maltrapilho
Terr'inda amada contudo

Fuja colibri
Há calor em novos ares
Homem faminto, homem coitado
Deveras, acreditou-se um dia nesse Brasil.

Falível

Meus olhos sonharam com a plenitude humana
minha boca desejou alegrar a infância
Meus ouvidos gritaram pela paz
Minhas mãos quiseram ser
Meus olhos viram o sangue jorrado ao chão
Minha boca não se abriu de amargura e as crianças choram famintas
Meus ouvidos captam o som da violência e dor
Minhas mãos não puderam servir,
Porque meu coração estava cheio de ódio.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Maturidade






Sempre que o sol brilhar no horizonte

Novamente o sorriso bêbado de felicidade

A alegria dos meus olhos fará explodir em ti o desejo

E mais uma vez o prazer

Cale-se, pois não quero entender

Em teus pensamentos vago livremente

Tua boca pronuncia-me

Teu corpo me precisa

Teus anseios são por mim

Arranco-te o mal que condena e maltrata

Livro-te da maldição de teus dias solitários

Tiro-te da fadiga, encontrada noutros braços

Sou intermediária entre voçê e a liberdade

Não culpe-me pelas imposições sociais

Não podes trancar o coração

Dedique-me uma canção, faça-me feliz

Pertenço-lhe toda e a razão desapareceu na paz de teu olhar

Olhos que gritam pelo meu amor

Os afagos traduzem os pensamentos

Cale-se e o silêncio dirá o quanto me queres

Caia noutros braços e a saudade dirá o quanto me amas

O meu amor liberta-te e amadurece

Percebo-te assustado e arredio

A tua arrogância é motivo de graça

Não buscarei-te, pois pertenço-lhe toda

Sois dono do mar

Mergulhes o corpo ou não saberás o que possui

Salte os obstáculos e beba deste cálice

Permita-se conhecer as delícias de outra vida

Meus olhos conhecem toda a tua história

Meus lábios expressam teus pensamentos

Minha vida é tua própria vida

Aceite-me como parte de ti e saberás:

Amo-te, amo-te, amo-te!

Reencontro

Vagando na noite, despida do falso moralismo imposto e distante da hipocrisia humana, vivi um momento de glória e emoção.Naquele instante, não era busca e nem pensamento, eu abraçava o mundo em sua forma natural.A paz cobria o mundo em forma de sombra e o ar era deliciosamente úmido.Podia-se ouvir o canto lírico dos ventos, assim como a tranquilidade do mar.Senti a felicidade que somente encontramos ao explorarmos nossa sensibilidade.O belo estava sendo visto a olho nu.Sentia-se no ar o doce perfume da vida enquanto eu, reencontrava-me.Viver é tudo e essa intensidade me devolve à realidade.De volta...
Renovada e esperançosa, para um novo tempo, um novo gesto, uma nova emoção.
Recomeço...
Realizei o impossível, afastei-me de ti, nada mais pode deter-me, a vingança não penetrou-me os poros e eu me permiti a paz.